3? Etapa do Campeonato da FARVO - 2008
Regata de Outono ? ICAR
Por Nuno Pinhel e Eduardo Braga
Sol, pouca mar?o dia todo e vento muito bom, chegando a mais de 15 nós, foi o cenário para a 3? etapa do campeonato da FARVO, a Regata de Outono.?
A meteorologia não havia previsto isso, mas foi o que deu.?
Antes do horário previsto para a largada, o vento sudoeste j?soprava com boa intensidade. Na hora da largada da classe Cruzeiro, j?haviam 21 barcos na raia e a galera j? começava a se aproximar da CR disputando o melhor posicionamento.
Faltando 15 para o meio dia, largou a classe CRUZEIRO. ?/span>Os 3 barcos do Colégio Naval e o veleiro Oikos, que vem l?do Portogalo, ainda estavam chegando e acabaram largando com um certo atraso pois ao meio dia em ponto, largaram as demais classes. Eram 25 veleiros na raia, curtindo uma bela velejada e mais uma regata organizada pelo ICAR.
Haviam duas opções para o percurso das classes APS, ORC e Angra 21.?Uma delas passava pela laje Alagada e outra passava pela laje da Figueira.?A opção da Organização foi a que passava pela laje da Figueira, uma vez que a marcação da laje Alagada est? sumida h?algum tempo.?Aliás, a marcação da laje da Figueira que era uma bóia com uma torre metálica relativamente alta, também est?diferente.?No dia da regata era uma simples bóia, que gerou uma confusão em alguns comandantes.
O percurso de 11,2 milhas náuticas teve a largada em frente ao ICAR, contra-vento at?montar a laje da Figueira por BE, través folgado com direito a balão at?montar a Ilha do Sabacu por BE, popa at?montar uma bóia em frente ao Porto Marina 1 por BB e um pequeno contra-vento at?a chegada no mesmo local de partida.
Logo após a largada, a flotilha se dispersou bastante com barcos no bordo da esquerda para evitar alguma corrente de mar?contra e outros cruzando o canal para a direita, buscando mais vento ou com intenção de dar um bordo direto para a laje. Mais ou menos na metade da perna de contra-vento, o vento rondou para leste e aumentou de intensidade ficando na casa dos 15 nós com rajadas que chegavam at?18 nós, e a regata mudou bastante favorecendo os barcos que estavam na esquerda e fazendo com que os que estavam na direita subissem rapidamente no contra-vento em direção ?laje.?Com isto a flotilha ficou mais compacta fazendo com que as disputas por posições e redução das distâncias para o tempo corrigido ficassem mais acirradas.?O Fita Azul foi o veleiro Never Land cruzando às 14:28 hs, e o fecha-raia, veleiro Caxinguele às 15:22 hs.
O primeiro na APS GERAL foi o Oikos, mas o Sergio, seu comandante , não deve ficar de salto alto, pois o Oikos, reapareceu nas raias exatamente nesta regata, e pela regra recebeu FCT estimado, que certamente o favoreceu muito.?J?na próxima regata, também segundo a regra, correr?com o FCT ajustado pela sua performance real desta regata.
O Staccato foi o segundo GERAL, e o Serafim foi o terceiro.?O ICAR, marcando presença com 12 veleiros da sua flotilha, foi a Bandeira Campe?
As colocações desta regata são:
APS I ?1?Serafim; 2?Nereus e 3?Norne (s?o casal Manfred e Lourdes, mais de 140 anos a bordo)
APS II ?1?Oikos; 2?Staccato e 3?Zaravalho (s?o casal Sampaio e Luisa, ultrapassa os 120 anos)
APS III ?1?Never Land; 2?Finisterre e 3?Conquista
APS IV ?1?Silene (tendo a neta do Michael como arma secreta); 2?Pin e 3?Mabuya (que trouxe o Fabio do Tarum? mas não adiantou muito)
Angra 21 ?1? Silene; 2?Fox Trot; 3?Pin
Orc Club ?1?Never Land; 2?Serafim e 3?Finisterre
Cruzeiro ?1? Flap; 2?Maria Du Ciel e 3?Alondra
A premiação aconteceu às 20:00hs no ICAR, com um jantar de massas e o diretor de vela, Eduardo Braga, animando como mestre de cerimônias.
O troféu tartaruga, oferecido nas regatas do ICAR, para o penúltimo a chegar no tempo real, foi para o veleiro Xaintrailles que fez juz a ele depois de uma ultrapassagem espetacular na bobeada que o Caxinguel?deu na bóia em frente ao Porto Marina 1, o timoneiro João não perdoou e entrou entre eles a bóia caprichando no contravento at?a linha de chegada.
Outro pega interessante nessa última perna, foi entre Foxtrot, Gaia e Pin.?Foxtrot, e Gaia, chegaram praticamente juntos na bóia, e Pin um pouco atrás.?Foxtrot estava um pouco a frente, mas teve de dar espaço para o Gaia que chegou com compromisso.?Resultado, montaram juntos a bóia, sendo que o Gaia ainda estava com balão em cima.?Como Silene j?tinha montado e garantido o primeiro lugar nos Angra 21, a briga era pela segunda e terceira colocação.?Pin que vinha um pouco atrás viu o Gaia dar um leve tot?na bóia, que foi tão de raspão que a própria tripulação do Gaia não deve ter percebido, at?porque estavam todos em ação montando a bóia e recolhendo o balão ao mesmo tempo.?Pin montou logo em seguida e conseguiu orçar mais do que os dois que estavam mais na frente e com proa para a Caieira.?Com isso o Pin conseguiu cruzar na frente do Gaia, não sem antes ter rolado um pequeno stress com um pedido um pouco incisivo e ameaçador de direito de passagem, e uma bandeira vermelha de protesto pela batida na bóia.
O ICAR relançou em nova edição o premio BALDE DE OURO, que ia ser dado ao Conquista, pois disseram que ele havia batido na laje Alagada.
O Fernando, comandante do Conquista, esclareceu que não foi na laje não.?Ele raspou foi em algum barco que estava afundado l??Havia at?um hélice aparecendo a flor da água ?disse ele. E em seguida, confidenciou que viu um barco de renome no mínimo nacional, levantar o balão pelo punho.?Depois de muita insistência do nosso “foca? conseguimos apurar que o BALDE DE OURO era do FINISTERRE!